A cantora cajazeirense Luiza Nóbre usou suas redes sociais, nesta semana, para fazer um desabafo contundente sobre o atendimento recebido na UPA de Cajazeiras. Em uma série de stories, a artista relatou que enfrentou um quadro grave de dor após uma crise de garganta e, ao buscar ajuda médica, teria sido destratada pela responsável da triagem.

Segundo Luiza, ela chegou ao local sentindo fortes dores de cabeça, visão turva e uma das piores crises de saúde que já enfrentou. No entanto, afirma que foi recebida com indiferença, deboche e falta de empatia, mesmo implorando por ajuda. “Isso é inaceitável. Não pode passar em branco”, escreveu a cantora, destacando que em nenhum momento sentiu acolhimento dos profissionais da unidade.

Em seu relato, Luiza contou que aguardou por cerca de 20 minutos, até que voltou a pedir atendimento “pelo amor de Deus”. No entanto, disse ter ouvido da profissional da triagem que sua condição seria apenas “uma crise de garganta” e, por não apresentar febre, não havia motivo para atendimento prioritário. “Ela não levou em consideração a minha dor, minha visão embaçada, nem a minha coloração vermelha”, disse.

Indignada, a cantora deixou a unidade e buscou atendimento no posto de saúde Simão de Oliveira (ao lado do Banco do Brasil), onde relatou ter sido prontamente socorrida em apenas 5 minutos. Luiza fez questão de agradecer publicamente aos profissionais do posto, exaltando a empatia e a forma humanizada com que foi tratada.

A denúncia ganhou repercussão e levantou questionamentos sobre a forma como a saúde pública vem sendo conduzida no Sertão. Em tom crítico, a cantora responsabilizou diretamente a direção da UPA de Cajazeiras e cobrou mudanças urgentes na postura dos profissionais.

O episódio também gerou críticas ao governador João Azevêdo, já que a UPA é administrada pelo Governo do Estado. Moradores e internautas repercutiram a denúncia e reforçaram a necessidade de fiscalização e melhorias no atendimento aos pacientes que recorrem diariamente à unidade.

“Se isso aconteceu comigo, imagina com quantas pessoas já não deve ter acontecido. Um funcionário de saúde precisa atender com empatia, não com deboche. Espero que meu relato sirva para mudar essa realidade”, finalizou Luiza Nóbre.