Com o clima político fervendo em Cajazeiras, o jogo de bastidores na cidade mais influente do Sertão paraibano revela uma tensão crescente dentro do grupo de situação. A aproximação de nomes como o deputado José Aldemir, a ex-deputada Paula Francinete e a prefeita Corrinha Delfino, em meio a conversas sobre sucessões, reeleições e alianças para 2026, tem gerado ruídos internos — especialmente quando cada fala pública vira estopim para especulações e desconfortos.

O ex-prefeito José Aldemir reafirma seu desejo de disputar uma vaga na Câmara Federal, enquanto a Dra. Paula defende a pré-candidatura de Júnior Araújo para deputado estadual, lembrando que renunciou à própria reeleição por um projeto coletivo. Já Corrinha, ainda em processo de consolidação administrativa, é pressionada a se posicionar diante das movimentações estaduais e locais.

A instabilidade local espelha o cenário estadual: a nova federação "Renovação Solidária", união entre Solidariedade e PRD, foi sacramentada em Brasília com participação do deputado Eduardo Carneiro. No tabuleiro estadual, nomes como Caio Roberto, Pedro Cunha Lima, Romero Rodrigues e Lucas Ribeiro surgem como peças-chave para 2026. O rompimento do PP com o governo Lula e as cobranças de espaço por parte do deputado Hugo Motta (Republicanos) acendem o alerta: Paraíba terá embates duros até a definição da chapa majoritária.

Por aqui, é inevitável: a política não perdoa vaidade, nem excesso de confiança. Quem se cerca apenas de bajuladores corre o risco de ser traído pela própria soberba. Como dizia um velho político: “Os primeiros a abandonar o barco são sempre os ratos.” Que os líderes locais saibam ouvir mais, agir com equilíbrio e lembrar que o poder é passageiro — e, muitas vezes, traiçoeiro.